terça-feira, 1 de janeiro de 2008

… a virgindade


Namorado: O ‘tal’. O que me arrebatou o coração, o corpo e… a virgindade.
Bastante moreno, de olhar cálido, não muito conversador, mas sabendo transmitir em cada gesto o que sentia, pensava e queria. Foi aquele que me fez desejar perder a virgindade e sentir o prazer de fazer amor pela primeira vez. Eu tinha 18 anos, quase 19, ele tinha 20. Já nos conhecíamos há muito tempo, nem sei dizer quanto, mas a verdade é que nem tudo é contabilizável.
Tínhamos amigos em comum, invariavelmente saíamos juntos quando eu estava de férias, mas nunca nada faria imaginar que resultaria numa relação que durou cerca de ano e meio, com muitas idas e vindas, separações e recomeços. E numa dessas noites em que saímos, tudo começou. Não me lembro do nosso primeiro beijo, nem onde ou como. Estranho, não é? Mas recordo apenas ele, os momentos que passámos, soltos, sem qualquer ligação cronológica.

Recordo a primeira vez que fizemos amor - a minha primeira, não a dele - e foi doce, terna. Talvez porque escolhemos aquela noite de antemão, porque decidimos qual o local onde queríamos que acontecesse. Desejávamos a noite perfeita. A dor foi rapidamente esquecida pelos seus afagos, pelo carinho e paciência com que me tratou.
Depois de sairmos do bar habitual, passámos pela casa de um amigo comum, onde fomos buscar toalhas de praia. Fomos à farmácia onde comprámos preservativos numa máquina.
Depois, seguimos pelo passeio junto ao muro, a caminho da praia. Demorámos mais de uma hora a chegar ao destino, entre beijos, abraços, risos e carícias - as areias banhadas pela Lua e as águas quase a tocar nossos pés, onde mergulharíamos em seguida.
Assim que chegámos, estendemos as toalhas na areia, juntas, semi-sobrepostas, para nos proteger dos grãos incomodativos. Despimo-nos lentamente, olhando um para o outro, com timidez, receio, e paixão, muita paixão. Ele colocou a caixinha de preservativos em cima da toalha e aproximou-se de mim, tocando o meu rosto e começando por me beijar os olhos, rosto, testa, lábios, com toques suaves que nem penas. Tudo era suavidade entre nós. Fez-me deitar na toalha e deitou-se a meu lado e as carícias continuaram, tocando cada centímetro de pele, fazendo-me sua. Recordo apenas o quanto tremia de desejo e antecipação, e o quanto ele estava excitado e quente. Apaixonados.

A lua iluminava-nos e ao longe alguns carros passavam, talvez com mais alguns casais que se espalhavam pela praia em noites como aquela – fim de Primavera, início de Verão.
Ele foi delicado e penetrou-me com suavidade, tentando, esperando, forçando de novo e, a pouco e pouco foi entrando em mim, fazendo com que me habituasse à sua presença dentro do meu corpo e ao calor que dele emanava. A dor foi desaparecendo e foi dando lugar ao prazer. Até que ele não conseguiu conter-se mais e teve um orgasmo desenfreado que o fez tremer inteiro. Não parou de me acariciar com os dedos e minutos depois levou-me a mim ao cume do prazer, fazendo com que a minha primeira vez fosse mágica e bela.
Depois, tomámos banho nas águas calmas que nos aguardavam e com vontade de nos termos novamente, ele foi buscar mais um preservativo, colocou-o e fizemos amor de novo dentro de água.
Foi mágico porque o desejava. Mágico porque o adorava, porque me fazia sentir mulher e porque me excitava terrivelmente.

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