A incrível arte (?) da sedução

Ah, a sedução... palavrinha de três sílabas que move o mundo.
Em qualquer campo, seduzir é necessário. Não no sentido despudorado, sem-vergonha, da palavra. No sentido da conquista. Seduzir pessoas para lograr sua amizade. Envolver naquela conversa a professora, o chefe, os pais. Seduzir alguém de olhos penetrantes.
Parece muito natural e realmente, para poucos privilegiados, o é. Em um país onde 74 milhões de pessoas são solteiras, parece um prato cheio para praticar essa que pode ser considerada uma arte.
Como toda arte, é passível de exageros e artificialidades. Incrível a vontade exacerbada de seduzir que algumas pessoas carregam. Tão dantesca que caem na vulgaridade, na inconveniência, vendendo a imagem de “sex machine” , esquecendo que o segredo das conquistas está em ser natural e fazer a pessoa “alvo” sentir-se especial de uma maneira ímpar.
Aliás, odeio essa palavra, “alvo”. Quem o acerta, merece prêmios materiais, no caso dos esportes. Seduzir não é esporte. Relações não são competições. E seres humanos não são troféus. É nessa última frase que está a chave de tudo, por isso, repito-a: SERES HUMANOS NÃO SÃO TROFÉUS.
Pode ser que, se tratares assim a alguém, acumules várias “conquistas”. Mas que de adianta se, nas escolas de sedução de tua vida pré-adolescente (Emanuelle, Playboy, etc.), não aprendeste a preservar e tornar única a pessoa que cativaste (Lembraram da raposinha do “Pequeno Príncipe”, aposto) ?

Arte de Sedução