quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Aventura II

Pega num cálice e leva-o até aos lábios, aí permanecendo numa doce provocação que pretende fazê-lo dar um passo em frente. Quer mergulhar no mar azulado dos olhos masculinos, mas que seja ele a atravessar a sala e vir até ela em ondas translúcidas de desejo. Provoca-o de novo, passando a ponta da língua no rebordo do copo e observa o olhar dele preso na boca carmim. Mas ele deixa-se ficar, impavidamente observando-a nos seus gestos de mulher consumida pela promessa de uma noite de luxúria. Os cerca de vinte metros que os separam não revelam a linha ténue que os une.



Sentado na sua frente grita-lhe silenciosamente o quanto a sua beleza o afunda numa paixão luxuriosa sem fim. Devassa-o. Beija-a, enrolando a sua língua furiosamente na dela, enquanto os dedos apertam o joelho num gesto de possessão de corpo. Pede-lhe que lhe mostre que também o quer. E ela sorri simplesmente, vitoriosa por o ter à sua mercê mais uma vez. Os dedos semi-encobertos dos olhares alheios pelos corpos de ambos, avançam tacteantes pelo interior da perna masculina e tocam o centro avolumado do pénis.


- Quero acariciá-lo – sussurra gulosa.
E a língua insinuante de novo a lamber os lábios, como se sentisse já o sabor da carne masculina entre eles.
O carro pára abruptamente à beira da estrada. Ele desce e dá a volta, abrindo-lhe a porta impetuosamente.
- Não querias acariciá-lo? – a voz rouca evidencia a volúpia de que está possuído.
Desaperta as calças e mostra-lhe o falo ardente, erguido de forma majestosa, agarrando-o pela base.
Ela segura-o entre as mãos, sabendo a carícia que ele deseja. Aperta-o e desliza as mãos pela carne palpitante.
- Mais força.
E ela obedeceu até ele a fazer parar.


Puxa-a por um braço, enquanto ela solta uma gargalhada de puro desejo e encosta-a ao carro. Arranca-lhe as cuecas, ergue-lhe uma perna e penetra-a com força, até se virem entre gritos que ecoam na noite e se projectam de encontro à lua. Cheia.

Ela deixa-se cair no peito dele, corpos nus, suados, de encontro aos lençóis de cetim. A janela do quarto aberta, deixa entrar a brisa que refresca a pele que arde de paixão. Beijos de lábios sedentos ainda, mesmo depois de beberem da paixão que ambos têm dentro de si. Ele rebola o corpo e deixa-a deitada na cama, dirigindo-se para a casa de banho. Quando regressa, ela está quase adormecida. Deita-se atrás dela, encosta-se ao seu corpo, desliza os dedos pelas suas costas até às nádegas, separando-as para penetrar o buraquinho que ainda não o acolheu nessa noite. Excita-a, introduzindo um dedo, dois, acariciando, massajando a carne que se vai rendendo ao desejo, entre suspiros de anuência que vão saindo dos lábios dela. Está preparado para se enterrar no corpo feminino, e ela ansiosa por o receber. Não hesita e avança para mais uma viagem pelos caminhos da luxúria.

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