quinta-feira, 20 de março de 2008

..pertinho do Tejo

Uma vez que hoje não vou sair – ele teve de ir ao Porto, saiu há umas horinhas, e só regressa amanhã – aproveito para colocar em dia os acontecimentos, que não são muitos, afinal de contas.
Tal como tinha dito há uns dias atrás, estive com ele, sim, mas não consegui ter a dita conversa. Para começar, é extremamente difícil porque nem eu mesma sei exactamente o que dizer e porquê dizer.
Depois… bem… quando ele me puxa, me abraça e começa naqueles beijos bons, eu perco o controle completamente e esqueço até de onde estou.
E foi precisamente isso que aconteceu no feriado.
Ele chegou já era fim de tarde e fomos até Setúbal, fazer uma visita a uns amigos, depois passámos por uma pizzaria, comprámos o jantar e ficámos a comer dentro do carro, não muito longe de casa, pertinho do Tejo.
Estava tão dividida, sem saber o que fazer… Olhava para ele e sentia que não o queria perder – não quero – só tinha vontade de o beijar e abraçar. Não tinha vontade de dizer nada e simplesmente deixar as coisas andar, mas a consciência pesada de achar que estou a trair-lo, deixava-me inquieta. E, foi ele mesmo quem tirou as dúvidas sobre o que fazer naquele momento, ainda antes de começarmos a comer, quando pegou na caixa da pizza e nas bebidas, colocou no tablier e pulou para o assento de trás, puxando-me para junto dele, dizendo:
- Há muito tempo que não dou uma num carro. Deixa ver se ainda aguento.
Convém dizer que ele tem 34 anos e a sua maturidade é uma das características que mais me atrai - sempre tive alguma tendência para gostar de homens mais velhos, isso é um facto.
- Uma rapidinha ou uma lentinha? – perguntei-lhe rindo.
- Deve ser rapidinha, estou com um tesão que acho que vou rebentar logo, logo.
Sentei-me no colo dele, de lado, e senti de imediato a sua mão a subir por entre as minhas coxas, apertando-se contra o tecido das calças e esfregando a carne quente que já estremecia de tesão debaixo dos seus dedos. Balancei o corpo no seu colo, sentindo nas nádegas a dureza de um sexo ansioso por se enterrar no meu corpo. As mãos apressadas, desapertavam botões, despiam blusas, arredavam o sutiã e a boca – ah, a boca dele – abocanhava os meus seios, lambendo os bicos, enrijecendo-os, fazendo-me gemer, até que me ergui, tirei as calças que ele puxou pelos tornozelos e, ajoelhada no assento do carro, desapertei-lhe as calças, afastei o tecido dos seus boxers e tirei o pénis para fora, acariciando-os entre os meus dedos até que baixei o rosto para proporcionar a um e outro a satisfação que é dar e sentir prazer. Sentia-o crescer entre os meus lábios, a ponta da língua rodeando a glande, chupando ora levemente, ora com força, os dentes roçando levemente na base, fazendo-o estremecer.
Até que não aguentou mais e, retirando o dedo que tinha introduzido no meu sexo, disse:
- Anda cá, quero foder-te agora.
Levantei-me do banco e posicionei-me sobre o seu corpo, as costas viradas para o peito dele, as mãos no encosto do assento da frente, e foi assim que senti a ponta aveludada tocar na entrada, roçar o clítoris, o que fez com que eu baixasse o corpo num só impulso, para o sentir todo enterrado no meu corpo. Inicialmente, o ritmo era comandado por mim, mas depois, começou a puxar-me com força de encontro a ele, os dedos cravados nas ancas, entrando e saindo em estocadas rápidas e firmes, na urgência do orgasmo.
Quando nos viemos, caí nas suas costas, enquanto ele passou os braços em redor da minha cintura e peito, e ficámos assim durante um bom tempo, o mel dele escorrendo pelas minhas coxas – ficou uma mancha no assento do carro que ele teve de lavar no dia seguinte.
Depois, vestimo-nos e comemos a nossa pizza, antes de ele me deixar em casa e seguir para a dele.
Resultado: a conversa ficou adiada «sine die».
Porquê? Porque não me consigo imaginar a viver sem ele, sem o seu cheiro, a sua voz, o toque, o corpo, o sexo, a conversa, o carinho, o sorriso, o abraço, o beijo, o olhar atrevido e meigo, enfim… sem ele completo.

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